MULHERES DE 50

Maria Tereza Gomes

Quatro irmãs discutem o que significa ter 50 anos hoje: Tereza, 58, é jornalista e mora em São Paulo, capital; Lúcia, 55, é médica ginecologista e obstetra em Toledo, no Paraná; Marilza, ou Mel, 53 anos, é veterinária em Naviraí, no Mato Grosso do Sul; e Sandra, 51 anos, é advogada em Curitiba, Paraná. Uma vez por semana, as quatro se reúnem virtualmente para uma conversa descontraída sobre os desafios da idade, relembrar os ícones de sua geração e dar dicas Maduras. read less
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T 12 : EPS 08 - RELACIONAMENTOS: SOLIDÃO ACELERA ENVELHECIMENTO
09-05-2023
T 12 : EPS 08 - RELACIONAMENTOS: SOLIDÃO ACELERA ENVELHECIMENTO
Anota aí: pessoas com uma saúde mental vulnerável - entre elas estão os solitários - têm um ritmo de envelhecimento mais rápido do que os fumantes. Ou seja, além de doenças como derrame, doenças hepáticas e pulmonares, o envelhecimento também é mais acelerado pelos fatores psicológicos. É o que mostra uma pesquisa publicada na revista Aging-US, que estimou em 1,65 anos o aumento na idade biológica (depende da genética, de escolhas da vida e do ambiente, diferente da cronológica marcada pela idade). Para entender o que é solidão e como evitá-la, entrevistamos a psicóloga Iaci Muniz, 60 anos, que começa avisando: nem toda pessoa sozinha se sente solitária; nem toda pessoa acompanhada não se sente sozinha. A solidão tem a ver com o sentimento de não-pertencimento, baixa autoestima, tristeza, irritabilidade, desesperança, pessimismo e sentimento de inutilidade. O que fazer diante da solidão? Iaci recomenda que a pessoa comece estabelecendo pequenas metas com prazos e indicadores de sucesso. Por exemplo: definir que vai ligar para três pessoas num dia; marcar um café virtual no outro; planejar um passeio e assim por diante. "É importante criar mini-hábitos". Além disso, para um envelhecimento saudável, Iaci nos desafia a permitir novas experiências, como fazer um curso de línguas, escrever um diário ou conhecer pessoas diferentes. "E invista na sua autoestima", diz. Com este episódio, o 120o. da nossa história, encerramos a décima segunda temporada, que foi toda dedicada aos relacionamentos. Veja lista: Relacionamentos violentos Relacionamentos: comunicação no casamento Relacionamentos: o que os homens querem Relacionamentos tóxicos Relacionamentos: ninho vazio Relacionamentos: a importância do perdão Relacionamentos: conversas difíceis Fique bem.
T 12 : EPS 07 - RELACIONAMENTOS: COMO TER CONVERSAS DIFÍCEIS
02-05-2023
T 12 : EPS 07 - RELACIONAMENTOS: COMO TER CONVERSAS DIFÍCEIS
Com certeza você já teve que ter uma conversa mais série, complexa, emocionalmente difícil. E não se trata apenas de relacionamentos amorosos; pode ser com filhos, amigos, colegas de trabalho e chefe. Mas como fazer isso sem destruir a relação? Levamos a questão para Carolina Losicer, 38 anos, especialista em comunicação não-violenta, professora, responsável por um curso on line sobre conversas difíceis na ESPM. "Você precisa focar na solução, não no ataque e nem na defesa. A comunicação não-violenta é baseada em fatos, sentimentos e necessidades”, diz Carol, que mora no Rio e desenvolveu a Plataforma Amanhã, um site para apoiar jovens nas escolhas de futuro. "Quando falo sobre mim, sobre as minhas emoções, não tem como estar errado". Prepare-se antes da conversa. Carol conta que ela tem mentores que a ajudam a se preparar para conversas difíceis e escreve e/ou grava o que vai dizer. Ela diz que é importante ter um pedido claro: o que você deseja que aconteça após essa conversa? Mas se a sua intenção de comunicação é mudar o outro, esquece. Não vai acontecer. Segundo ela, a comunicação é como andar de bicicleta. "Todas nós podemos aprender a construir pontes de palavras. Dá para aprender. É mito que nasce sabendo". Mas atenção ao alerta da Carol: comunicação é o que se entende e não o que se fala. Ou seja, se você falou, mas o outro não entendeu a sua mensagem, não houve comunicação. Você pode seguir a Carol no Instagram, onde ela defende que podemos voltar a amar as segundas-feiras.
T12: EPS 03 - RELACIONAMENTOS: AFINAL, O QUE OS HOMENS QUEREM?
04-04-2023
T12: EPS 03 - RELACIONAMENTOS: AFINAL, O QUE OS HOMENS QUEREM?
Quer entender de onde vem o machismo? Por que tantos homens cometem violência contra as mulheres? Ouça a entrevista com psicanalista Helio Hintze, 52, de Piracicaba, no interior de São Paulo. Filósofo, educador e professor, Hélio é um dos pioneiros no estudo do machismo estrutural no Brasil. É autor do livro "Desnaturalização do Machismo Estrutural” e coordenador do Observatório do Machismo, uma iniciativa dele para discutir o machismo na sociedade brasileira. Segundo ele, o machismo é cultura, é a forma de hierarquização que coloca o homem superior e mulher inferior. Helio diz que a "masculinidade não tem nada de ruim se pensada de forma saudável" e cita Pepeu Gomes na música "Masculino e feminino": “Ser um homem feminino não fere o meu lado masculino”. Para o pesquisador, o que está acontecendo hoje é que as referências cristalizadas da cultura que diziam como o homem devia ser (provedor, macho etc) estão todas ruindo. E uma das consequências disso é que o índice de suicídio entre homens seria mais alto do que entre mulheres. Outras declarações do psicanalista que você vai ouvir na entrevista: Machismo é  algo naturalizado, que é diferente de natural. É portanto uma invenção cultural que coloca a mulher em posição inferior.Ele não concorda que mulher cuida mais porque é genético: "se fosse genético, não teria mulher jogando filho no lixo"Diz que mulher lava a roupa melhor porque foi ensinada e homem dirige melhor porque foi ensinado.Gentileza não tem gênero.
T 12 : EPS 02 - Relacionamentos: comunicação é o maior problema no casamento
28-03-2023
T 12 : EPS 02 - Relacionamentos: comunicação é o maior problema no casamento
O que mais causa o fim de casamentos no Brasil não é traição e nem falta de amor. São as dificuldades de comunicação. Para entender por que isso acontece, entrevistamos Fátima Lisboa Nascimento, 56 anos, professora, pesquisadora e facilitadora no workshop COMUNICAR, EXPRESSAR E AMAR, um evento para casais que buscam melhorar o seu relacionamento. Nesta conversa inspiradora, ela dá diversos conselhos para homens e mulheres melhorarem a comunicação. Entre eles estão: Não trate o outro como gostaria de ser tratada; trate o outro como ele gostaria de ser tratado. Segunda a Fátima, as pessoas são diferentes, têm expectativas e vontades diferentes das nossas. "Olhe para as diferenças, enxergue os talentos e o brilho da outra pessoa".É importante que o casal compartilhe dos mesmos valores para que possa seguir em frente mesmo com as diferenças. "Tenha um propósito comum".Diminua o julgamento do outro; se abra para o diálogo, entenda que não é pessoal, é da estrutura dela fazer as coisas diferentes do que você faria. Fátima é expert numa metodologia conhecida como "Dinâmicas humanas", que organiza as diferentes personalidades em algumas cores, como amarelo (quente, comunicativo, falante), azul (fria, sistêmico, planejador), rosa  (quente, paixão pelas ideias, adora conversar) e verde (o mais sistêmico de todos; calmo; ouve e ouve). "Se você souber como funciona e como o outro funciona vai parar de colocar o dedo no nariz do outro e colocar para si mesmo".
T 12 - EPS 01 - Relacionamentos violentos: "Ele não dá um tiro, dá 10"
21-03-2023
T 12 - EPS 01 - Relacionamentos violentos: "Ele não dá um tiro, dá 10"
Esta 12a. temporada vai ser 100% dedicada aos relacionamentos. Se tem uma coisa que aprendemos com a pandemia, foi a consciência da necessidade do outro. Não vivemos sozinhas. Precisamos do outro. Mas nem sempre é fácil e nem sempre sabemos o que fazer. Especialmente em casos de violência doméstica, quando a mulher é agredida pela pessoa que deveria amá-la e protegê-la. Nesta entrevista , a jovem delegada  Olivia dos Santos Fonseca, 38, adjunta na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) em Piracicaba, interior de São Paulo, põe luz sobre a violência doméstica: Há um ciclo da violência que se repete: começa com abusos discretos e corriqueiros (criticas veladas, por exemplo); então, o agressor vai elevando a tensão, quando aquelas micros-agressões que pareciam inofensivas se transformam em violência física. Nesse auge, muitas mulheres de calam e outras procuram a DDM. "Quando chega aqui, a mulher já sofre diversos tipos de violência", diz Olivia.A violência doméstica não é só física, quando vira caso de delegacia, é também psicológica, financeira, patrimonial, entre outrasQuando acontece a violência, ela costuma ser extrema: "Ele não dá um tiro, dá 10; não dá uma facada, dá muitas".A medida protetiva de urgência, aquela que mantém o criminoso longe, funciona. "Ela salva mais de 90% das mulheres". Só em Piracicaba, foram emitidos cerca de 500 medidas protetivas em 2022.Por fim, um conselho da delegada: jamais dependa de homem qualquer. "A mulher precisa do homem assim como o peixe da bicicleta; trabalhe, se sustente, tenha o seu dinheiro".Muito importante: para Olivia, as DDMs não são o lugar de acolhimento das mulheres, não é o papel desses espaços. Para o acolhimento, diz ela, o Estado precisa criar uma rede de proteção multidisciplinar. Um bom exemplo? A Casa da Mulher Brasileira. Se precisar, procure no Google. Para nós, mulheres com mais de 50, Olivia ressalta que ainda temos dificuldades de procurar ajuda e mesmo de denunciar. As mais jovens, que conhecem mais os seus direitos, são as que mais procuram a DDM.
T11 : E09 - Menopausa: exercícios trazem equilíbrio
06-12-2022
T11 : E09 - Menopausa: exercícios trazem equilíbrio
Se você tem acompanhado esta temporada dedicada à menopausa, já sabe que a deficiência de estrogênio, dentre tantas consequências, tem mais uma: este hormônio ajuda a manter os vasos sanguíneos relaxados e abertos. Com menos estrogênio, o colesterol pode se acumular nas paredes das artérias. Isso aumenta o risco de doença cardíaca ou acidente vascular cerebral. Além disso, o déficit de estrogênio leva a uma propensão maior a males como diabetes, osteoporose e doenças do coração. O que fazer? Os exercícios físicos não vão aumentar o seu nível de estrogênio - isso só com reposição - , mas trazem benefícios incríveis para ajudar você a atravessar essa fase. "O exercício ajuda a equilibrar outras alterações provocadas pela deficiência hormonal", diz a fisioterapeuta Rosana Soares Bittencourt, 40 anos, de Curitiba, que já esteve aqui no podcast para falar se podemos envelhecer sem dor.  Rosana cita alguns dos benefícios dos exercícios no controle dos sintomas da menopausa: libera endorfina (que ajuda no humor e a dormir melhor), a controlar o peso,  a controlar o colesterol (prevenindo doença cardíaca) e a evitar acúmulo de gordura nas artérias (o que previne AVC). Quanto de exercício fazer?  "Uma vez por semana é melhor que nada, duas vezes é melhor que uma e assim por diante", diz a especialista. "Qualquer que seja o exercício escolhido, para dar resultado, precisa ter intensidade que altere a frequência cardíaca." Atenção ao alerta da Rosana: "O que mais acontece são mulheres que se negligenciam". Não faça isso com você. Ouça, se cuide e compartilhe.
T11 : EPS 07 - Menopausa: a opção pelo tratamento natural
22-11-2022
T11 : EPS 07 - Menopausa: a opção pelo tratamento natural
A alimentação antiinflamatória aliada à fitoterapia é uma arma poderosa para amenizar os sintomas da menopausa. "Tenho muitas pacientes que não fazem reposição hormonal e conseguem viver essa fase com excelente qualidade de vida", diz a nutricionista Claudia Gladis, 41 anos, de São Paulo, fundadora do programa Descomplicando a Menopausa. A alimentação antiinflamatória é aquela à base de comida de verdade, na qual abrimos menos embalagens e descascamos mais. Ou seja, é preciso incluir vegetais, frutas, cereais integrais, azeites, castanhas e peixe na dieta. Por outro, são inflamatórios o trigo branco, o açúcar, excesso de chocolate, excesso de álcool, além de todos os ultraprocessados. Ela dá um exemplo de mulheres chegam ao seu consultório reclamando de fadiga, mas, depois do exame de sangue, descobre-se que sofrem de deficiência de vitaminas, que pode ser solucionada com um ajuste no cardápio diário. Claudia diz que não precisamos esperar a chegada da menopausa para nos prepararmos: "Se a mulher entra na menopausa já com um estilo de vida mais saudável, vai ter sintomas mais amenos e prevenir as doenças como osteoporose e diabetes". Sobre os fitoterápicos, Claudia faz um alerta: a fitoterapia é baseada em remédios naturais, que devem ser tomados com prescrição e dosagem adequadas. E não serve para todo mundo: precisa ver histórico paciente. Uma dica: não perca a receita de shot que a Claudia indica para ser tomado em jejum para melhorar a imunidade.